O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, o influenciador Pablo Marçal, gerou controvérsia ao comparar as favelas da cidade com campos de concentração durante o primeiro debate entre os candidatos ao Executivo paulistano.
Realizado pela Rede Bandeirantes na noite de quinta-feira (8), o debate contou com a presença dos cinco candidatos melhor posicionados nas pesquisas eleitorais: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB).
Marçal se irritou quando a deputada Tabata Amaral (PSB) questionou-o sobre uma condenação por fraudes bancárias, respondendo ao chamá-la de “adolescente” e negando a existência de qualquer condenação. Em seguida, o influenciador criticou seus adversários, chamando Tabata de “para-choque de comunista” e “candidata fantoche”.
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Marçal continuou, atacando os demais candidatos e acusando-os de apenas encenarem uma peça teatral para o público. Ele afirmou: “Esses politiqueiros estão aqui para fazer graça. Eles gastam muito dinheiro na campanha, eu não preciso ficar com o caderninho aqui. Esse conjunto teatral quer chamar sua atenção para continuar tudo do mesmo jeito.” E acrescentou: “Vamos tirar vocês desses campos de concentração que todo mundo fica romantizando como favela.”
O que são campos de concentração?
Campos de concentração são locais onde civis ou militares são aprisionados, geralmente em tempos de guerra. Durante o século 20, esses campos foram usados principalmente para o encarceramento de minorias, sendo notoriamente utilizados pelo regime nazista na Alemanha para o extermínio de judeus e outras minorias perseguidas pela ditadura de Adolf Hitler.
Outros países também adotaram esse modelo de repressão durante conflitos, como os britânicos na África durante a Guerra dos Bôeres. No Brasil, durante a ditadura de Getúlio Vargas, campos de concentração foram criados em 1942 para aprisionar cerca de 3 mil pessoas, principalmente imigrantes alemães, italianos e japoneses.
Conclusão
As declarações de Pablo Marçal no debate provocaram uma onda de críticas e reacendeu debates sobre a situação das favelas em São Paulo. Comparações com campos de concentração trazem à tona memórias históricas dolorosas e levantam questionamentos sobre o discurso dos candidatos na corrida pela prefeitura da maior cidade do Brasil.