Comitê Olímpico Internacional finalmente se manifesta e diz algo…

A luta terminou em 46 segundos. A italiana Carini explicou que desistiu após receber um soco na região do nariz, o que a impediu de continuar devido à dor. No entanto, vários perfis online acusaram Carini de boicotar o combate contra a suposta adversária transgênero, alegando que o confronto seria desigual.

A desistência de Carini reacendeu o debate sobre a participação de pessoas trans no esporte. Algumas contas no X, antigo Twitter, criticaram Imane, alegando que ela seria um homem.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também se manifestou, afirmando que a luta não parecia justa devido aos níveis de testosterona no sangue da atleta argelina. “Sempre tento explicar que algumas teses extremas podem impactar especialmente os direitos das mulheres. Acredito que atletas com características genéticas masculinas não devem competir em competições femininas. Não para discriminar, mas para proteger o direito das atletas de competir em igualdade de condições”, declarou Meloni.

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Não há evidências de que Imane Khelif seja uma mulher transgênero. No entanto, a atleta foi reprovada no ano passado em um teste da Associação Internacional de Boxe (IBA) que mede os níveis de testosterona, devido ao desenvolvimento sexual (DSD) que faz com que algumas mulheres tenham cromossomos XY e níveis de testosterona semelhantes aos dos homens. Mesmo com a reprovação, a argelina foi autorizada pelo COI a participar do torneio olímpico de boxe feminino.

Diante da desinformação, o Comitê Olímpico e Desportivo da Argélia classificou os ataques contra Imane Khelif como “difamações baseadas em mentiras”. “O Comitê Olímpico e Desportivo da Argélia denuncia com veemência os ataques maliciosos e antiéticos dirigidos contra nossa ilustre atleta Imane Khelif por alguns meios de comunicação estrangeiros. Essas tentativas de difamação, baseadas em mentiras, são completamente injustas, especialmente em um momento crucial em que ela se prepara para os Jogos Olímpicos, o auge de sua carreira”, declarou o órgão.

O comitê também afirmou ter tomado todas as medidas necessárias para proteger Imane Khelif.