A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou a influenciadora e socialite Dayane Alcântara a 8 anos e 9 meses de prisão por injúria racial e racismo contra Chissomo, mais conhecida como Titi. A menina, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, tinha apenas 4 anos quando foi alvo de insultos racistas em 2017.
A condenação foi recebida com alívio e indignação pelos pais de Titi, que se pronunciaram nas redes sociais, destacando a importância do veredito. “Essa é a primeira vez que, em resposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico”, declarou o casal, que vê a decisão como um marco na luta contra o racismo no país.
Por outro lado, a defesa de Dayane Alcântara, representada pelo advogado Gil Ortozal, expressou surpresa com a severidade da pena. Segundo Ortozal, Dayane, que atualmente reside na Bélgica, ficou “perplexa” com a decisão da Justiça do Rio. A defesa anunciou que pretende recorrer, argumentando que houve excessos na dosimetria da pena e na condenação em geral.
O caso teve início em 2017, quando Bruno Gagliasso registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes de Informática (DRCI) após a influenciadora proferir ofensas racistas contra Titi nas redes sociais. A advogada Silvia Souza, que representou Bruno e Giovanna no processo, também se manifestou sobre a decisão, reforçando a relevância da condenação como um passo significativo no combate ao racismo no Brasil.