O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou neste sábado (3 de agosto de 2024) que não tem dúvidas de que as boxeadoras que competem nas Olimpíadas de Paris são mulheres. A informação é da agência de notícias Reuters. “Estamos falando de boxe feminino. Temos duas boxeadoras que nasceram como mulheres, foram criadas como mulheres, têm passaporte de mulheres e competiram como mulheres por vários anos”, disse Bach.
A boxeadora argelina Imane Khelif venceu a italiana Angela Carini nas oitavas de final da categoria meio-médio na quinta-feira (1º de agosto de 2024). Angela desistiu da luta após 46 segundos no ringue, após ser atingida por pelo menos dois golpes no rosto. Khelif não passou nos testes de gênero antes das Olimpíadas deste ano, mas o COI permitiu sua participação. De acordo com Bach, a Associação Internacional de Boxe (IBA) está conduzindo uma “campanha de difamação” contra a França e o COI. A associação alegou que a atleta argelina não atendia aos critérios estabelecidos com base em exames de DNA e não participou do Mundial em 2023.
COI PERMITE PARTICIPAÇÃO
O COI utiliza regras diferentes das da IBA e baseou sua decisão nos critérios de Tóquio 2020. Segundo o comitê, a atleta cumpre todos os requisitos médicos necessários para competir na categoria feminina. Além disso, o COI argumenta que a desclassificação pela IBA foi arbitrária e sem um processo justo. A IBA está suspensa do COI desde 2019 por questões administrativas.